
O tratamento de efluentes é uma exigência legal que toda empresa ou empreendimento que gera resíduos líquidos precisa seguir. Além de evitar a contaminação do meio ambiente e riscos à saúde pública, o correto tratamento garante conformidade com a legislação ambiental brasileira, reduz passivos legais e fortalece a reputação corporativa em práticas sustentáveis.
Neste conteúdo, você vai conhecer as principais leis, normas e resoluções que regem o tratamento de efluentes no Brasil, tanto em âmbito federal quanto estadual, além das obrigações técnicas que empresas devem cumprir para manter sua operação regularizada.
Por que a legislação ambiental é tão rigorosa com efluentes?
A água residual gerada por indústrias, comércios, empreendimentos imobiliários e serviços públicos pode conter poluentes orgânicos, químicos, metais pesados, nutrientes, óleos, solventes, entre outros contaminantes.
Quando lançada sem tratamento adequado, essa água compromete a qualidade dos recursos hídricos, afeta a biodiversidade e coloca em risco a saúde da população.
Por isso, o tratamento de efluentes é regulado por um conjunto de normas que define critérios de qualidade, limites de lançamento, formas de destinação e obrigações do gerador.
Principais legislações sobre tratamento de efluentes no Brasil
1. Lei nº 9.605/1998 – Lei de Crimes Ambientais
Estabelece sanções penais e administrativas para condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, incluindo o lançamento de efluentes sem tratamento ou fora dos padrões estabelecidos.
Penalidades incluem multas, interdição da atividade, embargo e responsabilização civil, administrativa e penal.
2. Lei nº 6.938/1981 – Política Nacional do Meio Ambiente
Institui os princípios da proteção ambiental, controle da poluição e uso racional dos recursos naturais. Obriga as empresas a adotarem tecnologias que minimizem o impacto ambiental, incluindo o tratamento de efluentes.
3. Lei nº 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos
Embora voltada principalmente aos resíduos sólidos, essa lei estabelece a responsabilidade compartilhada pela gestão ambiental, o que inclui o gerenciamento correto dos efluentes líquidos associados aos processos industriais ou comerciais.
4. Resolução CONAMA nº 430/2011
É o principal instrumento normativo federal sobre lançamento de efluentes. Estabelece os padrões de qualidade que devem ser atendidos antes do descarte da água tratada em corpos hídricos, como rios, lagos e mares.
Entre os parâmetros exigidos estão:
-
DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio)
-
pH
-
Óleos e graxas
-
Sólidos em suspensão
-
Nitrogênio total e fósforo
-
Temperatura do efluente
-
Metais pesados (dependendo do setor)
A resolução determina que o lançamento só pode ocorrer mediante licença ambiental válida, com controle periódico da qualidade do efluente.
5. Resolução CONAMA nº 357/2005
Complementa a Resolução nº 430/2011 e classifica os corpos d’água de acordo com sua destinação (abastecimento, irrigação, recreação, etc.). Essa classificação determina quais padrões o efluente tratado deve atender para não comprometer a qualidade do corpo hídrico receptor.
6. Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
Diversas normas técnicas tratam da qualidade da água, descarte de efluentes, operação de ETEs e classificação de resíduos.
Exemplos:
-
NBR 9800: coleta e tratamento de esgoto sanitário
-
NBR 12209: projeto de estações de tratamento
-
NBR 10.004: classificação dos resíduos gerados no processo
7. Legislação Estadual e Municipal
Cada estado e município pode definir regras complementares, mais restritivas do que as normas federais. Órgãos como CETESB (SP), IAT (PR), FEAM (MG), entre outros, publicam diretrizes específicas para o licenciamento, monitoramento e controle do lançamento de efluentes.
Empresas devem estar atentas às exigências regionais e manter diálogo constante com o órgão ambiental local.
Responsabilidades da empresa que gera efluentes
De acordo com a legislação, toda empresa é responsável pelo tratamento dos efluentes que gera, desde a coleta até a destinação final. Entre suas obrigações estão:
-
Implantar sistema de tratamento adequado à carga orgânica e poluente dos efluentes
-
Obter licenças ambientais e autorizações de lançamento
-
Monitorar regularmente os parâmetros de qualidade da água tratada
-
Encaminhar os resíduos sólidos resultantes (lodo, areia) para destinação ambientalmente adequada
-
Emitir relatórios técnicos conforme exigências dos órgãos de fiscalização
O que acontece com quem descumpre a legislação?
Empresas que lançam efluentes sem tratamento ou fora dos padrões estão sujeitas a:
-
Multas diárias com base no volume e na toxicidade do efluente
-
Embargo da operação e suspensão da licença ambiental
-
Responsabilização do(s) gestor(es) por crime ambiental
-
Ações civis públicas e danos à imagem institucional
Como a Ambiensys apoia empresas na conformidade legal
A Ambiensys é especialista em gestão de efluentes e oferece suporte completo para que sua empresa esteja em plena conformidade com as legislações ambientais, em todas as etapas do processo.
Nossas soluções incluem:
✅ Projeto e implantação de Estações de Tratamento de Efluentes (ETE)
✅ Operação e manutenção de sistemas de tratamento
✅ Diagnóstico técnico e adequação às normas do CONAMA
✅ Elaboração de relatórios, laudos e planos exigidos pelos órgãos ambientais
✅ Consultoria para licenciamento e regularização ambiental
✅ Monitoramento contínuo da qualidade do efluente tratado
Esteja em conformidade, evite riscos e atue com responsabilidade
O cumprimento da legislação ambiental não é apenas uma obrigação, mas uma oportunidade de posicionar sua empresa como referência em gestão ambiental, responsabilidade e inovação.
Fale com a Ambiensys e descubra como estruturar um sistema completo de tratamento de efluentes, dentro da lei, com eficiência técnica e segurança jurídica.
Ambiensys – Soluções ambientais completas para quem pensa no futuro.
Atue com inteligência. Garanta sua regularidade. Proteja o meio ambiente.